Movie Review | The Book of Life
The Book of Life, 2014
Numa história que relaciona a vida, a morte, a música, o toureio e, acima de tudo, o amor, encontramos um jovem sonhador, Manolo, que vai até ao fim do mundo para enfrentar os seus medos e conquistar a sua Maria.
É uma história emotiva, não vou dizer que não, tudo o que passa ali pelo limiar de perder alguém que nos é querido deixa-me sempre com o coração apertado, mas esta é, sem dúvida, uma excelente animação para os pais partilharem com os filhos, porque faz-nos ver e aprender muitas coisas que, normalmente, ninguém pensa aprender com uma animação.
Aí é que está o porquê de eu adorar filmes de animação! À semelhança das fábulas que líamos quando éramos pequenos, elas têm sempre algo para nos ensinar e esta não é excepção. Apesar de não ser uma produção da Disney ou da Pixar (vai dar ao mesmo), é de uma qualidade extrema! E a banda sonora? Estou apaixonada por algumas músicas!
Falemos mais sobre a história... então, tudo se passa no México e no dia de los muertos (para quem não sabe, celebra-se no dia 1 e 2 de Novembro) e o que nós ouvimos dizer é que existe o inferno em baixo, nós no meio e o céu, bom, é o céu, certo? Aqui funciona de outra maneira: temos os vivos, os lembrados - que ficam por debaixo de nós e que estão sempre em festa - e os esquecidos - que estão debaixo de todos e onde não há nada. Para cada um deles há uma espécie de deus: La Catrina (linda que só ela), Xibalta (equivalente ao diabo, digamos assim) e o Homem de Cera (toma conta das almas). No mundo dos vivos há 3 crianças, o Manolo (filho de uma grande família de toureiros, mas ama a sua guitarra), o Joaquin (filho do capitão mais importante da cidade e super ambicioso) e a Maria (filha do governante da cidade e um doce de menina). O Manolo e o Joaquin sempre foram apaixonados por ela e sofreram bastante quando ela partiu para longe da cidade. Os anos passaram, eles evoluíram e... bom, um transbordava amor, o outro mania. Não vos conto o resto porque é uma história linda e altamente recomendável que só vendo é que poderão compreender.
A maior lição que tirei daqui é que não podemos deixar de ser nós próprios independentemente daquilo que os nosso pais acham que será o melhor para nós no futuro. Se gostamos de uma área ou de um hobbie, temos de ir lá, lutar por ele e fazer o que gostamos. Não adianta de nada contornarmos isso, seguindo o que os outros querem, porque aí estaremos a lutar contra nós mesmos e seremos terrivelmente infelizes. E isso é algo que o filme mostra bastante bem.
Classificação IMDB: 7,3/10
Classificação nuages dans mon café: 8/10