Neve n.02: A emoção da chegada
Chegar à Serra é sempre uma animação. Neste meu terceiro ano lá, continuei a sentir-me super entusiasmada, apesar de saber que não ia chegar e ver/tocar na neve, nunca deixa de ser uma emoção. Viajar com o amor da nossa vida nunca deixa de ser uma emoção, certo? É mais por aí.
Quase à chegada, passámos pela Serra da Gardunha que tinha imensas nuvens a roçarem os seus 1500m, o que me deixou entusiasmada, pois se a 1500m as nuvens estão assim, como será a mais?, então ao passar o túnel na A23, apareceu-me uma vista magnífica para a Serra da Estrela, como se lhe tivessem derramado chantili/natas por cima e estivesse a escorrer (imagem de cima). Foi um cenário brutal até chegarmos à Covilhã, simplesmente bem recebidos, como sempre.
Ficámos no Hotel Serra da Estrela, no qual nunca tínhamos ficado, apenas no Chalé no ano passado, e foi muito bom (embora na última noite me tenha apetecido espantar quem andava de um lado para o outro no corredor às 3h/4h da manhã a fazer barulho). Todo o serviço e atendimento do hotel foram muito bons! A vista também era de perder o fôlego, nada a que não estejamos habituados, mas é sempre lindo, sempre diferente, sempre mágico e tranquilizante.
À noite, jantámos no Hotel porque tínhamos meia-pensão e pudemos ir ao Restaurante Medieval. É bem diferente daquilo a que estou habituada, pois é um buffet, bastante limitado, diga-se de passagem, e que nos faz calcular o que gostamos, o que não gostamos, o que podemos ou não combinar... no primeiro dia não passei dos rissóis, da chouriça assada, do pão e de experimentar o que havia. Não sou picuinhas, mas nestas coisas sinto-me ~mesmo~ picuinhas.
Depois resolvi fazer das minhas e pedi ao G para ir comigo tirar umas fotos à noite, porque na Estrela iriam ficar brutais. O céu estava limpo, não estava muito frio (só 1,5ºC), vestimos a roupa da neve e fomos. Digamos que a lua atrapalhou um bocadinho, porque dava imensa luz, mas ainda consegui alguns registos interessantes na Nave de Sto. António, na direcção de Unhais, no Lago do Viriato e das Penhas da Saúde em direcção ao Fundão, Serra da Gardunha. (Posso dizer que o meu moço ficou um bocado aborrecido de eu levar tanto tempo nestas andanças.)
Nunca deixo de me espantar com esta vista. Estar no topo do ~mundo~ a ver tudo lá em baixo. No silêncio. Na calmaria da noite. Não ouvimos mesmo nada aqui, tirando um carro ou outro que passe por nós. Somos nós, os nossos pensamentos e uma paisagem a perder de vista.
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