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nuages dans mon café

Quotidiano, inspirações, fotografia, filmes e outras coisas.

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Neve n.03: A Torre

Serra da Estrela 2016

 

O primeiro dia começa cheio de animação, porque íamos tomar o pequeno-almoço no hotel (normalmente não temos essas coisas nas idas à Serra), íamos até à Torre e íamos ver como estava a estância. Os nossos principais planos para o primeiro dia era mesmo um dia em cheio na estância, jantar e relaxar pelo hotel, mas saiu tudo ao lado, porque a neve que caiu, durante o dia foi-se, acho que a maldita reservou-se para o Dia dos Namorados (como já devem ter visto nas notícias).

A vista do quarto e da sala de pequeno-almoço era esta. Nós, acima das nuvens, com a irmã da Estrela (Serra da Gardunha) a furá-las e um céu completamente diferente daquele que nos recebeu no dia anterior: nuvens altas e mesmo muitaaas nuvens ao redor.

 

Chegados ao pico, aos 1993m, o cenário era: nuvens, pouca neve, alguma ainda era fresca, embora pouca, mas uma alegria de criança ao vê-la. É mesmo bom ver neve, acho que para quem está habituado a ela pode não ser assim nada de especial, mas para quem é do deserto e não tem nada disto, apenas geadas (e poucas este ano), ver neve é quase como se voltássemos a ser crianças e os nossos olhos brilhassem de alegria.

Mas há coisas que continuam a chocar-me cada vez que lá vou à Torre: estavam 0ºC, nada de especial, não fosse o vento ser forte e dar um chill de temperaturas bem negativas, mas as pessoas insistem em ir à Serra da Estrela, como se fossem ao miradouro da Nazaré ver o mar. Mal agasalhados, sem luvas, sem cachecóis, sem sapatos adequados, sem gorros, nada que os proteja. E depois há as meninas que querem ir bonitas e levam vestidinhos, com collants ou quem vá de leggings, por amor da santa! É a Serra da Estrela, em pleno inverno, com baixas temperaturas... e andam-me assim vestidas? Mas não sabem ao que vão?! É chocante e estúpido ao mesmo tempo.

 

Serra da Estrela 2016

Serra da Estrela 2016

Serra da Estrela 2016

 

O ar estava tão limpo e não haviam nuvens acima dos 1400m, que era possível ver as Penhas da Saúde e o Lago do Viriato a partir da Torre.

 

Serra da Estrela 2016

 

Depois rumámos a outras bandas e decidimos ir ver como estava a estância de ski. Fechada, como era de esperar. Não havia neve, não havia condições para a produção da mesma e por isso fomos passear, recordar ~conhecendo~ outros lugares, outros segredos da Serra.

Descobri que há lagos e laguinhos por todo o lado nesta Serra. Algo que com a neve nunca vemos! Abaixo da estância de ski, há um lago lindo, meio tornado em barragem, mas que eu nunca tinha visto. Foi aí que pensei que não é assim tão mau visitar a Serra sem neve ou sem tanta neve como gostaríamos. Há tantos segredos e mistérios que noutra circunstância eu nunca iria descobrir.

 

Seguimos caminho em direcção à Lagoa Comprida e eis que olhamos para o lado e encaramos com esta beleza: o planalto mais alto de Portugal Continental, com farrapos de neve só para dizer quem manda.

(Como podem ver pela foto, as pistas de ski nem tinham neve suficiente para tapar as pedras)

 

Serra da Estrela 2016

 

Encontrámos um miradouro ao qual nunca tínhamos dado importância. Sempre que está coberto de neve, temos medo de lá ir, cair num buraco, escorregar, qualquer coisa... pois nunca estamos cientes do que estamos a pisar. Então parámos, fomos dar uma vista de olhos e a vista para a Lagoa Comprida é de cortar a respiração. Que delicia de lugar!

Além disso, eu adoro ver aquelas pedrinhas empilhadas umas nas outras (das quais nunca descobri a finalidade), pois elas dão planos para fotografias muito bons.

 

Serra da Estrela 2016

Serra da Estrela 2016

 

Como já era hora de almoço, voltámos para trás e fomos ver como estava o nosso amigo Covão d'Ametade e o Vale Glaciar do Zêzere - que é um daqueles lugares que eu considero como paragem obrigatória - e almoçámos por lá. À chegada, fomos recebidos com esta vista de cortar a respiração...

 

Serra da Estrela 2016

 

Todos os anos eu me encanto com aquele lugar. A qualquer hora do dia, com ou sem neve, é lindo de morrer. Este ano investigámos mais aquele ~parque~ e fui descobrir que aquilo que eu achava ser o rio, era um ribeirinho que se junta ali, e o verdadeiro rio, vem sair de umas pedras bem mais ao fundo, junto ao Cântaro Magro.

Como sempre, tirei a foto da ~praxe~ e não sei já se gosto mais de ver com neve ou sem neve (é impressionante como uma gaja que A-DO-RA neve, já nem sabe do que gosta mais, mas é o poder da Estrela).

 

Serra da Estrela 2016

 

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Para ver mais posts sobre a viagem:

01. 02.

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