Neve n.07: Descobrindo Monsanto
Seguimos viagem e deixámos a Covilhã para trás. No itinerário do GPS temos Monsanto, Idanha-a-Nova, mas pelo caminho passámos por terras e terrinhas bem bonitas. Umas em pedra, mesmo serrenhas, outras normais, outras com azulejos, alguns campos cheios de gado e rebanhos, até reparei que as torres das igrejas ficam afastadas das próprias igrejas, mas mesmo assim é tudo muito bonito por aqui. Uma das que mais me chamou à atenção foi esta, Penamacor (na foto). Com uma torre de menagem bastante deslocada (vista da estrada) e toda ela a ~crescer~ pelo monte a cima.
Não tardámos a chegar a Monsanto, onde fomos recebidos com uma vista de cortar a respiração: a Serra da Estrela, majestosa, ao longe, com o seu planalto de 1997m coberto de neve e algum nevoeiro nas partes baixas das serras vizinhas. Deixou-nos com tantas saudades (sentimento bem português) daquilo que visitámos e que acabámos de deixar para trás.
Mas tínhamos Monsanto aqui e queríamos era descobrir esta terra, que tem dois títulos importantes Aldeia Mais Portuguesa de Portugal (de 1938) e Aldeia Histórica (de 1995). Assim que cheguei ao miradouro, depois de me deliciar com esta vista, encontrei um placard daqueles que têm os pontos de interesse da aldeia, falava um pouco sobre a formação deste penhasco, das grandes rochas (que vocês vão ver) que lá existem e tudo mais. Nem vale a pena dizer que o moço não quis saber, mas a verdade é que aquele pequeno penhasco de Monsanto chega aos 758 metros de altitude.
O moço leva a vida a andar por cima dos rochedos, a arranjar atalhos, eu, como sou mais preguiçosa, fico-me pelos trilhos normais e mesmo assim custo a fazê-los. Nesta foto apanhei-o em cima da rocha, no alto do castelo, mas só depois é que ele quis fazer a pose.
Ver a Igreja de S. Salvador, a Torre do Relógio, um barzinho escondido dentro de uma gruta, as casas de pedra, os moinhos de vento antigos, os enormes rochedos, o castelo lá no alto e poder avistar tudo à volta, Penha Garcia e inclusive a Serra de Béjár em Espanha coberta de neve... é magnífico, mas e para chegar lá ao castelo? É preciso uma garrafinha de água, uns bons sapatos e muita vontade, porque subir é fácil, o pior é descer. É que para travar, as pernas têm de fazer muito mais força.
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